Frankenstein ou O Prometeu Moderno, clássico gótico de Mary Shelley, revolucionou a literatura de terror. Escrito no século XIX, a obra explora temas como ciência, criação e humanidade através de uma narrativa epistolar que continua relevante nos dias atuais.

Resenha Frankenstein ou O Prometeu Moderno

Características de Frankenstein ou O Prometeu Moderno

  • Escrito por: Mary Shelley
  • Tradução: Christian Schwartz
  • Editora: Penguin-Companhia
  • Edição: 1ª edição
  • 424 Páginas

Sinopse

Victor Frankenstein conta todas as tristezas que lhe ocorreram após um de seus experimentos ganhar vida.

“O sol podia brilhar, e as nuvens talvez baixassem, mas para mim, nada pareceria como fora no dia anterior. Um demônio arrancara-me toda esperança de felicidade futura.”

Resenha Frankenstein ou O Prometeu Moderno

O livro tem um início consideravelmente lento, enquanto somos apresentados aos personagens principais e por conta de ser narrado através de relatos. Primeiro, temos as cartas do Capitão Robert Walton para sua amada enquanto se encontra numa expedição marítima.

Nessas cartas, ele relata seu encontro com uma figura pitoresca e triste, chamada de Victor Frankenstein, que por sua vez, conta todos os percalços pelo qual teve que passar.

A figura que eu mais queria conhecer nesta obra, obviamente, era o “monstro” (eu escrevo monstro, pois não há um nome definido para ele), a criação do doutor Frankenstein, fiquei muito impressionado quando ele aparece e após ouvir a sua história, devo dizer que ele é o melhor personagem do livro.

A sua trajetória, foi a que mais me impactou. A criação do doutor comete atrocidades principalmente porque o seu próprio criador lhe virou as costas e o abandonou.

Demorei um pouquinho pra me acostumar com o estilo de escrita. De início, quando li as lamúrias do Frankenstein, fiquei com vontade de rir, só pensava naquele personagem de desenho animado que falava “oh céus, oh vida”.

Não ajudou nem um pouquinho, eu imaginar o Frankenstein como um emo, fazendo biquinho, com uma franja e reclamando da vida. Não consegui, em nenhum momento, me simpatizar com o Frankenstein.

Conforme o livro se aproxima da sua conclusão, o clima sombrio e o ritmo da obra, atingem um nível de tensão absurdo. Inclusive, o final da obra é muito consistente.

Pontos Positivos

  • O personagem do “monstro” é complexo e cativante
  • O clima de tensão aumenta progressivamente até o final
  • O desfecho é consistente e bem construído

Pontos Negativos

  • O início é consideravelmente lento e arrastado
  • O protagonista Victor Frankenstein não tem muito carisma

Livro Frankenstein ou O Prometeu Moderno, vale a leitura?

Sim! Apesar do início um pouco lento, foi uma leitura que me deixou com uma ótima impressão, tanto pela ambientação como pelo clima crescente de tensão.

Nota: 8,5

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Curiosidades

“Frankenstein ou O Prometeu Moderno” foi escrito por Mary Shelley e publicado pela primeira vez em 1818. O texto reflete preocupações sobre a ciência, a ética e a responsabilidade associado ao avanço do conhecimento.

O monstro criado por Victor Frankenstein frequentemente é erroneamente chamado de Frankenstein. Na verdade, Victor Frankenstein é o nome do criador, enquanto a criatura não possui um nome próprio.

A ideia para o livro surgiu durante um verão passado por Mary Shelley e outros escritores conhecidos, como Lord Byron, em 1816, à beira do Lago Genebra. Eles foram desafiados a escrever histórias de terror, o que levou Mary a criar “Frankenstein”. Mary enfrentou muitos desafios pessoais, incluindo a morte de sua mãe e seu relacionamento conturbado com o poeta Percy Bysshe Shelley, fatores que influenciaram a profundidade emocional e os temas do romance.

Apesar de ter sido uma escritora de sucesso durante sua vida, a fama de Mary Shelley como autora foi eclipsada após sua morte, e sua obra “Frankenstein” acabou se tornando a única a permanecer na memória coletiva por gerações

A obra é considerada uma das primeiras do gênero ficção científica, abordando temas como a criação da vida e as consequências das ambições humanas, além de ser uma importante representação da literatura gótica.


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