Resenha Filhos de Sangue e Ossos (Vol. 1) de Tomi Adeyemi
Inspirada na mitologia iorubá, Filhos de Sangue e Ossos, conta a história de uma jovem guerreira que carrega o peso de restaurar os poderes ancestrais de Orishä.
Características de Filhos de Sangue e Ossos (Vol. 1)
- Escrito por: Tomi Adeyemi
- Tradução: Petê Rissatti
- Editora: Rocco
- Edição: 1ª edição
- 560 Páginas
Sinopse
Após a Ofensiva, a magia foi banida do reino de Orishä e os divinais, as pessoas que conseguiam se conectar aos deuses, são tratados como vermes. Há apenas um item que poderia trazer a magia de volta, e ele cai nas mãos da jovem Zélie…
“Os deuses estão trabalhando. Estão nos abençoando com nossos dons depois de tanto tempo. Precisam confiar que eles não arriscariam o destino dos maji. Confiem em si mesmas.”
Resenha Filhos de Sangue e Ossos (Vol. 1)
Um universo de fantasia COMPLETO! Temos o conceito da magia, deuses, animais, itens mágicos, batalhas e claro, bons protagonistas!
A narrativa é dividida entre 3 personagens: Zélie Adebola, uma jovem e hábil guerreira com gênio forte. Amari, uma princesa confusa fugindo da realeza após testemunhar um evento trágico. É ela que entrega o pergaminho para Zélie, e também é a personagem com maior crescimento na jornada.
Também somos apresentados a Inan, irmão de Amari; um orgulhoso guerreiro que, como seu pai, odeia os divinais. É o personagem mais complexo, possuindo vários dilemas ao longo da história.
Tzain, irmão da Zélie e apesar de não ter capítulos próprios, aparece bastante e é um dos personagens mais legais, sendo um rapaz forte e líder nato.
Os magi, são os divinais que conseguem acessar os poderes divinos. Ao apresentar os orixás da mitologia iorubá, proveniente do continente africano que o livro brilha ainda mais.
Iemanjá e Ogum são algumas divindades introduzidas. Por exemplo, quem segue Iemanjá, tem o poder para controlar as águas. Esses poderes deixam as cenas de ação do livro maravilhosas! E há um bom número delas.
Acho que eu nunca tinha visto uma protagonista com a técnica que a Zélie apresenta, um poder muito diferente, fornecido pela orixá Oya (no Brasil, chamada Iansã), cujos poderes tem ligação com o mundo dos mortos.
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É um livro young adult , mas há algumas cenas perturbadoras. De tortura até criança tomando flechada na barriga! O ritmo do livro é ótimo, com muitas ação. Destaque para uma batalha entre navios, que é algo INCRÍVEL!
O problema, fica por conta dos dois romances inseridos… O primeiro, é enjoado, mas acaba passando. Já o segundo, é um romance improvável entre duas pessoas que se odiavam e de repente, já estão se pegando. Essas partes me fizeram revirar os olhos. Felizmente, o livro tem muitos mais pontos positivos do que negativos.
Pontos Positivos
- Sistema de magia baseado na mitologia africana
- Personagens bem desenvolvidos com arcos complexos
- Cenas de ação dinâmicas e bem elaboradas
Pontos Negativos
- Romances forçados entre personagens
Livro Filhos de Sangue e Ossos (Vol. 1), vale a leitura?
Com certeza! Fantasia com ótimos elementos de magia, personagens cativantes e cenas de tirar o fôlego. E a última página… sem palavras!
- Adeyemi, Tomi (Author)
Curiosidades
Filhos de Sangue e Ossos é o primeiro da trilogia “O Legado de Orïsha” que rapidamente se tornou um sucesso, recebendo aclamação da crítica, e venceu o Prêmio Nebula de 2018 na categoria Prêmio Andre Norton de Excelência para Livro de Fantasia ou Ficção Cientifica Jovem-Adulto, e também o Prêmio Hugo de 2019 na categoria Prêmio Lodestar de Melhor livro Jovem Adulto.
Adeyemi se inspirou na história das comunidades africanas que enfrentaram colonialismo e discriminação, combinando elementos da mitologia africana com uma narrativa contemporânea.
O sucesso do livro levou à sua adaptação para uma série cinematográfica, com a 20th Century Fox comprando os direitos de adaptação antes mesmo do lançamento do primeiro volume.
Os direitos de Filhos de Sangue e Osso passaram por vários estúdios. Inicialmente adquiridos pela 20th Century Fox, foram transferidos para a Lucasfilm após a compra da Fox pela Disney, mas o projeto foi engavetado. Atualmente, a Paramount detém os direitos e planeja desenvolver a adaptação, com Gina Prince-Bythewood como diretora. Ainda não há previsão de lançamento ou escolha de elenco.
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