Ken Follett é conhecido por seu minucioso trabalho de pesquisa histórica, e “O Homem de São Petersburgo” não é diferente.

Situado na Inglaterra de 1914, o livro destaca a luta das feministas pelo voto e a iminente guerra, além de contar com participações especiais.

Resenha O Homem de São Petersburgo de Ken Follett

Características de O Homem de São Petersburgo

  • Escrito por: Ken Follett
  • Tradução: A. B. Pinheiro de Lemos
  • Editora: Arqueiro
  • Edição: Novembro/2016
  • 336 Páginas

Sinopse

Inglaterra, 1914. A Alemanha já tem o exército mais poderoso da Europa e continua se armando, preparando-se para um conflito. Somente uma aliança com os soviéticos trará esperança de vitória para os ingleses.

O príncipe russo Aleks Orlov é convidado para se hospedar na casa do Conde Walden para firmar um acordo, a pedido de Winston Churchill. Porém, um anarquista russo sabe que, caso seu país entre em guerra, quem morrerá serão os pobres e jovens. Para impedir o acordo, ele pretende assassinar o príncipe…

Resenha O Homem de São Petersburgo

Não está dentre os melhores livros do mestre Ken Follett. Felizmente, ainda é uma baita leitura!

Na parte de ambientação histórica, a especialidade da casa, temos mais um show. Follett sempre faz uma pesquisa minuciosa e consegue traduzir as características da época dentro de suas obras de forma brilhante. Dessa vez, o foco é na Inglaterra de 1914, fervilhando com a luta das feministas pelo direito ao voto e a infeliz expectativa da aproximação de uma guerra.

Somos então apresentados aos quatro protagonistas, sendo que dois são interessantes de acompanhar e o restante acaba puxando a narrativa pra baixo.

O anarquista russo Feliks Kschessinsky é o melhor personagem. Talvez possa ser considerado o “vilão” da história. Contudo, o seu ponto de vista e as explicações de sua motivação em impedir o acordo entre a Rússia e a Inglaterra tem uma certa razão. A trama dele é muito bem construída.

Conde Stephen Walden, um conservador inglês da alta sociedade e amigo do príncipe russo, é o anfitrião responsável por auxiliar o jovem Winston Churchill para conseguir a aliança entre os dois países.

É um personagem, na minha visão, bem fraco. Não achei interessante o seu desenvolvimento e a maioria das coisas que ele faz. Os capítulos dele ficam legais quando há a participação do Churchill, figura peculiar que sempre chama a atenção.

Lady Lydia Walden, uma russa que foi obrigada a se casar com o Conde Walden anos atrás, tendo que abandonar o seu verdadeiro amor na Rússia. Seria uma pena se essa pessoa voltasse pra vida dela né? Pois então… além de eu não ter gostado da personalidade dela, ela é peça chave na parte mais novelesca do livro.

E Charlotte Walden, filha adolescente do Conde Walden com a Lady Lydia, foi a minha segunda personagem favorita. Uma menina que vivia num pedestal, escondida de todas as situações do mundo, toma um choque de realidade ao encontrar a pobreza que ronda a mansão de sua família e a luta das feministas por direitos que deveriam ser básicos.  Ela é muito carismática e protagoniza alguns dos momentos mais emocionantes da obra.

Para o desenvolvimento da trama, Follett traça uma ligação entre a família Walden e o Homem de São Petersburgo, que pra mim, não funcionou tão bem. Já vi ele trabalhando esse tipo de conflito em outras obras de forma mais instigante, talvez por nesses outros trabalhos ter um conjunto de personagens mais marcantes.

Pontos Positivos:

  • Ambientação perfeita;
  • Participações do Winston Churchill;

Pontos Negativos:

  • Metade dos protagonistas não é interessante de acompanhar.

Livro O Homem de São Petersburgo, vale a leitura?

Uma ambientação perfeita, mas com personagens que nem de longe são os melhores criados pelo Follett. Com um clímax bem construído e uma conclusão que une todas as pontas soltas, faz desse livro uma boa pedida, principalmente se você ainda não leu nada do autor.

⭐ Nota: 8,3

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